6 de mai. de 2011

"O que interessa é a criação. A linguagem estabelecida em qualquer arte, cansa."


Essa afirmação de Glauber Rocha revela bem seu espirito de enfant terrible do cinema brasileiro: em sua obra sobressai o aspecto experimental, delirante e moderno de uma linguagem inventada e reinventada para exprimir sua experiência do mundo, seus conflitos ideológicos e suas próprias ambiguidades.

Cabeça do cinema novo brasileiro, Glauber é hoje considerado um dos mais brilhantes representantes do cinema político no mundo. Seu reconhecimento internacional ocorreu cedo em sua carreira, embora, em sua própria terra natal, ele tenha sido muitas vezes incompreendido, julgado incoerente e mesmo odiado. Isso, porém, não o impedia de continuar sua batalha político-cultural, afinal, como dizia, "é uma função digna do cinema mostrar o homem ao homem".

Nenhum comentário:

Postar um comentário